terça-feira, 19 de outubro de 2010

nonsense

a muito aquilo que costumava fazer/ser/sentir já não era igual a antes...
até seus pensamentos já não eram mais os mesmos...
deixara de lado toda a impaciência, intolerância e egoísmo para se tornar alguém que mal impunha suas opiniões...
não é que tenha deixado de as ter, mas é que aprendeu que as ter em silencio muitas vezes era o melhor...
e quando não se vive só, aquilo que facilita a vida passa de optativo à obrigatório...

não gostava de como as coisas andavam sendo... mas aceitava, se calava e ia vivendo.
ria sozinha de muitas coisas, chorava no escuro por outras, nada que não seja comum... só diferente do que costumava ser.
muitas vezes se pegava imaginando como as coisas seriam se tivesse se mantido fiel a seus sonhos, se nunca tivesse desviado o caminho...
não gostava de pensar assim, preferia acreditar que tudo vem pro bem, já não era mais tão pessimista.
"no fim, tudo isso vai fazer algum sentido" pensava ela... mas os dias se passavam, e o sentido ia a cada hora se perdendo mais...
já nem sabia do que gostava, não conhecia mais seus medos e anseios... continuava a viver.

criou novas histórias, aprendeu novos caminhos, conheceu novas pessoas, criou amor.
amor à aquilo que a vida lhe tinha dado, mesmo sem ela ter pedido, aquilo que era um presente do destino...
não sabia se gostava, se era aquilo o que ela queria... mas vivia...
aproveitava cada oportunidade, cada novo dia... como se aquele fosse o seu sonho,
mas não era... e isso era uma das poucas coisas que sabia.
... e continuava vivendo....