quinta-feira, 11 de abril de 2013

inconsciente.
é assim que eu me sinto olhando pra tudo que tenho feito e tentando entender o que foi que me motivou a entrar nisso.
não que eu me arrependa, não é isso... é só que olho pras fotos, leio as conversas, sinto o cheiro e tudo é tão irreal, tão fora de tudo que um dia eu imaginei pra mim... é tudo tão um sonho lindo que eu nunca sonhei.
e talvez seja isso mesmo que torne tudo tão fácil e bom. por que sendo bem sincera, nunca vivi nada tão fácil e simples durante toda a minha vida. e ao mesmo tempo tão impossível. ambíguo. tai outra palavra que define bem o momento.
não sabia nem que era possível mudar tanto o sentimento e tão rápido como tem acontecido. como é isso? me explica você que já vive assim por muito tempo, como se lida?
é, eu sei, você também não sabe.
mas e como fica? o que acontece agora? o que a gente faz?

não aguento mais esperar pela próxima mudança, pela próxima crise, próxima explosão. COMO FICA AGORA???

" o que eu faço agora, depois que tudo se foi? " é na verdade a única pergunta que continua me trazendo aqui.

sábado, 13 de outubro de 2012

do abismo


sentia uma falta tão incomum do vazio.
do espaço, do buraco com o qual sempre conviveu.
tinha tudo o que queria, mas já não parecia mais ser aquilo, ou era?
já não sabia, não sabia mas de nada.
só que estava bem, e não estava.
devia estar pelo menos... estava tudo tão estavel, tão certo, tão perfeito...
mas qual é a graça do estável, do certo, do perfeito?  ela não encontrava... e se contorcia a procurar,
procurar um motivo que seja pelo qual não conseguia ser feliz, mas não havia. ela era, ela tinha que ser feliz
mas bem lá no fundo sabia que não era. não era só isso, felicidade não pode ser só isso.

sábado, 4 de agosto de 2012

e descobri que meu maior acerto foi acreditar que me perder em você,
era a melhor forma para me encontrar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

vem

vem...
mas vem de pressa,
vem sem questionar sem pensar,
que pensar só estraga tudo.


vem...
vem sem medo, sem desespero
vem devagar, vem sem planejar


e quando chegar...
aah quando chegar...


mas vem antes que eu canse esperar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

pra você saber...

Você diz que tudo vai ficar bem, que tudo vai passar… é só questão de tempo.

É claro que tudo vai passar, que a vida vai seguir e que daqui a alguns anos quando eu acordar e você não estiver do meu lado eu nem vou mais chorar desesperadamente. É claro que vou conhecer outros, ter outros… viver. Minha vida não vai parar, eu não vou morrer por saudades de você. Mas me diz se é tão difícil entender que não é essa a questão. A questão é que eu quero poder escolher. Escolher VOCÊ.  Escolher acordar e poder te abraçar, escolher brigar com você a cada dia que você deixar de me ligar ou mandar mensagens, eu quero escolher ficar aqui morrendo de saudades e depois de 500 km poder te abraçar e me sentir em casa. Eu quero poder escolher conviver com seus medos, com suas inseguranças e te mostrar que apesar de tudo você pode sim acreditar em mim. Quero poder te ligar de madrugada e comentar o filme do corujão e nos dias mais tristes ligar só pra ouvir sua voz. Quero ter você aqui pra me esquentar no frio, eu quero assistir com todos esses filmes que eu assisti sozinha só pensando em você. Eu quero viajar com você, dormir e acordar com você, eu quero poder te odiar, chorar por você… eu quero poder te amar. Eu quero poder escolher você.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

bem além de mim mesma

Férias é uma época boa de desenterrar passados ne ?
E eu como boa "escavadora" que sou, tudo o que fiz durante as férias foi isso... desenterrar TUDO o que eu encontrava ... e numa dessas expedições ( no meu antigo pc) olha só o que eu encontrei :


" me definir realmente não é algo muito simples.
quem me conhece sabe bem, que me conhecer é algo impossível. ate hoje nem eu mesma consegui, e olha que já tem 16 anos que tento fazer isso! a cada dia descubro uma nova mania, um novo defeito, uma nova vontade em mim. 
tenho vontade de fazer muitas coisas, mas não tanta coragem para executá-las. 
morro de medo de sapo e adoro tigres. gosto de tudo o que é difícil, e quase sempre prefiro o que não posso ter. vivo em constante mutação, sempre diferente de ontem mais sempre igual à sempre. 
amo pessoas que não deveria amar, odeio pessoas das quais deveria gostar, sou uma pessoa normal, com defeitos e qualidades, gostos e vontades. tudo bem, nem tão normal assim, sou um pouco, ou melhor, muito doida. faço coisas as quais muitos não tem coragem, na verdade coisas que muitos sequer tem vontade. tudo o que preciso é motivação, e se a tenho, sou capaz de qualquer coisa. 
se hoje te adoro, não se surpreenda se amanha eu descobrir que não gosto nem um pouquinho de você. tudo o que preciso é de algo capaz de mudar minha opinião. agora se te amo, te amo completamente, inteiramente e incondicionalmente, pode ter certeza que nunca ninguém pode mudar isso. 
no começo sempre me esquivo, fujo, evito me envolver, mas quando confio me jogo de cabeça, me envolvo completamente de corpo, alma, coração e tudo mais, seja em uma amizade, em um namoro, num jogo ou em qualquer outra coisa.
sou muito insegura e muito medrosa, tento fazer tudo sempre ser do meu jeito, mas sempre me perco nos jogos que eu mesma crio. faço o que de pior alguém pode fazer, me perco em mim mesma, nunca sei o que quero, e se sei finjo que não sei. não gosto dos meus sentimentos e choro por ser tão fraca. 
finjo sempre que nada pode me atingir, mas no fundo sou altamente sensível e tudo me atinge, seja um cachorrinho na rua, um mendigo ou a dor de um desconhecido. já chorei sem saber por que e segurei o choro quando mais devia chorar. 
já fiz coisas das quais me arrependi, e já deixei de fazer outras das quais também me arrependerei. já perdi chances imperdíveis, já desperdicei sentimentos indispensáveis. já ignorei quando queria dar atenção, já ri quando queria chorar, e também já chorei quando queria rir. já perdi algumas das pessoas mais importantes da minha vida, e choro por isso.
já fiz coisas das quais nunca me esquecerei, conheci pessoas que nunca deixarei, passei por momentos perfeitos, me lembro de pessoas que sequer sabem mais que existo, guardo amizades acabadas, sentimentos já passados. lembro de cheiros que nem mais existem, sei de cores que ninguém jamais viu. acredito em seres fantásticos, vivo no meu mundo, real ou irreal é o que me faz bem. 
amo viver e às vezes quero morrer. sou irreal, inconstante e impulsiva. amo quem mais me faz raiva, eu jamais sei o que devo fazer.
mas apesar de tudo eu sou viva, sou uma garota de 16 anos com todas suas duvidas e mistérios. e eu sou assim...tão diferente e tão igual. "


hahahaha
Apesar de toda a graça de encontrar um texto que escrevi a quase 4 anos, o que mais me espantou foi ver o quão pouco eu mudei apesar de tudo. Minha vida hoje é completamente diferente ... mas acho que se fosse tentar escrever algo pra me definir, a unica coisa que diferente seria a escrita !

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

roubado...

"Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti socialismo interno.
Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.
Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.
Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também."

-

por Martha Medeiros .


não costumo colocar textos roubados aqui, mas achei esse tão incrivelmente igual a mim que não resisti !

demais, não?